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domingo, 28 de março de 2021

“A elite brasileira nunca fez a opção por uma sociedade verdadeiramente democrática”, diz Alfredo Saad Filho

O professor do King’s College, em Londres, e autor de “O Capital de Marx” analisou o papel da elite brasileira na manutenção de uma “ordem excludente”, profundamente conectada com o bolsonarismo. Para ele, “enquanto a elite brasileira se manter aferrada a esse programa de exclusão social e repressão política, o Brasil efetivamente não sai do lugar”. Assista

247 - Alfredo Saad Filho, professor de Economia Política e Desenvolvimento Internacional no King’s College, em Londres, e autor da obra "O Capital de Marx", em entrevista concedida à TV 247, examinou o papel da elite econômica brasileira na atual conjuntura.

Para ele, o governo Bolsonaro se baseia na formação de divisões entre grupos sociais, o que reflete os interesses das elites.

“O fascismo vive da divisão. Ele tem que criar confusão. Ele tem que criar divisões naturais ou artificiais, cunhas com as quais ele consegue dividir a sociedade. Ele divide por raça, por religião, por mito, por uma série de critérios”, disse o professor.

Alfredo Saad aponta que a elite é a classe que mantém os aparatos repressivos para preservar a “ordem excludente” do fascismo: “A questão da elite brasileira é que ela tem um caráter profundamente conservador, inseguro e amedrontado. Senhores de escravos são por definição amedrontados, sempre com medo dos escravos se levantarem durante a noite e se rebelarem. Então são pessoas que necessitam de manter um aparato repressivo sempre à mão e sempre disponível para manter a ordem na sociedade, essa ordem excludente. Esse é o dilema tradicional da elite brasileira. A elite brasileira que nunca fez a opção por uma sociedade realmente democrática, realmente de cidadãos, uma sociedade que deixe fluir as suas energias econômicas, sociais e políticas para se construir um país que possa então ter aspirações maiores no plano mundial”.

“Enquanto a elite brasileira se manter aferrada a esse programa de exclusão social e repressão política, o Brasil efetivamente não sai do lugar. Ele continua sendo uma sociedade marginal em nível internacional e ele nunca vai conseguir ser uma sociedade integrada domesticamente, o que é uma tragédia histórica para a população do Brasil”, completou.

Fonte: Brasil 247

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